O 6º Simpósio Internacional de Ciberjornalismo aconteceu dos dias 1 a 4 de junho na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). O evento, que reuniu pesquisadores renomados da área, teve como tema “Performance em Ciberjornalismo” e promoveu importantes discussões e debates sobre a produção, prática e desenvolvimento do ciberjornalismo no Brasil e no mundo.

A conferência de abertura, no primeiro dia, tratou de “Performance em ciberjornalismo: tecnologia, inovação e eficiência”, e contou com a presença de Rosental Calmon Alves, Juliano Maurício de Carvalho e Walter Teixeria Lima. Os pesquisadores trataram da expansão da internet e de novas tecnologias, discutindo as transformações que têm ocorrido no ecossistema midiático.

O segundo dia teve a participação do argentino Fernando Irigaray, do português Fernando Zamith e da brasileira Raquel Longhi. Os conferencistas apresentaram um quadro da situação atual do ciberjornalismo na Argentina, Brasil e Portugal, com destaque para a professora Drª Raquel Longhi, coordenadora do Nephi-Jor, que trouxe como temáticas principais o jornalismo longform e a grande reportagem multimídia no panorama brasileiro. Confira abaixo a entrevista com Longhi.

Também no segundo dia, o pesquisador e integrante do Nephi-Jor, Alexandre Bonacina, apresentou o artigo “Jornalismo profissional e amador no Facebook”, no grupo temático sobre Mídias Sociais, que debateu a potencialização de novos atores e o uso das redes sociais nos processos de comunicação. O trabalho de Bonacina comparou o uso do Facebook como canal noticioso pelos grupos tradicionais de mídia e pelos usuários da rede, avaliando as semelhanças e diferenças nas práticFotoas de ambos.

No terceiro e último dia do evento, a palestra de encerramento teve como tema “Cibercultura, Cultura Profissional e Ciberjornalismo”, com a participação do português João Canavilhas e dos pesquisadores brasileiros Alex Primo e Marcelo Träsel. Canavilhas tratou dos novos atores na redação, e como isso muda o jornalismo, defendendo, entre outros pontos, que a participação do público no processo noticioso não pode ser entendida como uma forma de jornalismo. Em contrapartida, Alex Primo considerou que existe um preconceito grande na distinção entre jornalistas e não-jornalistas, opinando que as teorias da área devem buscar um olhar além dos parâmetros atuais. Já Träsel trouxe um panorama do jornalismo guiado por dados.

O último dia também contou com a apresentação das pesquisadoras Kérley Winques e Raquel Longhi no auditório 1 do Complexo Multiuso Dercir Pedro de Oliveira. No grupo temático “Narrativas e Interatividade”, cuja exposição contou com a participação dos alunos do curso de jornalismo da UFMS, Winques apresentou a pesquisa “Apuração e inovação: uma análise da série UOL TAB do portal UOL” tencionando o resgate e fortalecimento do jornalismo de apuração e o aprofundamento das informações no jornalismo online. Na apresentação a autora também destacou os aspectos da grande reportagem multimídia e ilustrou os resultados da análise feita na série UOL TAB, do portal UOL.

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Além de coordenadora do GT, Raquel Longhi apresentou o artigo intitulado “A grande reportagem multimídia como gênero expressivo no ciberjornalismo”. O trabalho apresentado pela autora apontou uma breve análise de grandes reportagens publicadas nos veículos online Folha de S. Paulo e o O Estado de S. Paulo. Longhi também deu destaque para as propriedades expressivas da grande reportagem no ciberjornalismo, principalmente relativas à narrativa e convergência de linguagens.

 

 

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